Neste feriado de Carnaval, fui convidado para cantar no Paraná, no acampamento da IASD Central de Curitiba, Balneário Guaciara. Com muito prazer aceitei o convite e lá cantamos e louvamos o nome de Jesus junto aos irmãos paranaenses.
O local tinha acesso a praia que ficava cerca de 400 metros do local do acampamento. Fomos à praia no domingo pela manhã com uns amigos que fizemos por lá. Ficamos na água por um tempo, porém o mar não estava para brincadeira e eu avisei as pessoas que estavam comigo para tomar cuidado, porque o mar estava puxando para o fundo.
Poucos minutos depois de eu dizer estas palavras ouvimos uns gritos ao fundo. Eram duas garotas se afogando a 10 metros de onde nós estávamos. Elas estavam gritando e se segurando no intuito de ficar com a cabeça para for a da água.
Eu e um outro amigo, logo nadamos em direção a elas. Ele pegou uma e eu a outra. Naquele desespero que elas estavam, e sem nenhum treinamento de resgate que nós tínhamos, eu só falei para ela segurar meu braço, respirar e manter a calma até que conseguíssemos chegar a um lugar que desse “pé”.
Quanto mais eu nadava e tentava avançar, mais cansado eu ficava e parecia não sair do lugar. Meus braços foram perdendo as forças e a garota cada vez mais amedrontada, me passava a impressão de que não sairíamos de lá. Naquele momento eu senti algo que nunca sentira antes. Eu sabia que eu tinha um vida literalmente nas minhas mãos. Alguém que dependia inteiramente de mim para continuar vivendo.
Isso me faz lembrar de como dependemos de Deus a todo instante. Só estamos vivos ainda porque Deus não soltou a nossa mão. Achamos muitas vezes que somos autossuficientes para tomar nossas decisões ou viver nossa vida da maneira que achamos melhor, sem saber que a nossa vida depende inteiramente de Deus. Assim, como a garota dependia da minha força para levá-la a areia, assim nos dependemos de Deus para que nos leve a um lugar seguro.
Eu gritava por Socorro, mas todos pareciam estar assistindo a um espetáculo de camarote. Ninguém se prontificava a vir ajudar ou a chamar ajuda. Quando eu já não tinha mais forças para remar, eu pensei em duas coisas: Eu largo ela aqui e eu nado para me salvar ou eu morro junto com ela. Nesse momento eu olhei para frente e vi um surfista vindo com uma prancha para nos ajudar. Eu coloquei a garota na prancha e a deixei com o surfista. Nadei até a areia e eu mal conseguia sentir o meu próprio corpo. Um sensação horrível foi sentir a morte tão perto de mim e de outra pessoa.
A outra menina também foi resgatada e meu amigo também saiu da praia sem qualquer problema.
Nunca se esqueça o quanto você é especial para Deus. Ele não quer apenas te salvar de um mar traiçoeiro e te deixar na praia. Ele quer te levar a um lugar onde possa passar a eternidade com você.